Dados do Trabalho

Título

Construção e validação de uma cartilha educativa para crianças e adolescentes em início de tratamento quimioterápico

Introdução

O câncer infantojuvenil é a segunda causa de morte em crianças e adolescentes. As modalidades de tratamento são cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O tratamento quimioterápico atua no ciclo celular, afetando células malignas e benignas, resultando em efeitos adversos, como: a alopecia, diarreia, náuseas e vômitos, mucosite, efeitos cardíacos, pulmonares e renais. Nesse contexto, as orientações são cruciais permitindo que o paciente e seus familiares identifiquem os efeitos relacionados e busquem alternativas para controlá-los, visando a qualidade de vida do paciente. O enfermeiro ao utilizar a educação em saúde, consegue estimular e adaptar abordagens educativas criativas, a fim de desenvolver materiais que atendam às necessidades. Assim, as cartilhas desempenham um papel importante por aumentar a compreensão das orientações e promover mudanças no pensamento e nas práticas de cuidado. Logo, um material educativo se faz necessário viabilizando o tratamento, entendimento e compreensão de todos os envolvidos nessa etapa que estão vivenciando.

Objetivo

Construir e validar uma cartilha educativa para crianças e adolescentes em início de tratamento quimioterápico.

Método

Este é um estudo metodológico descritivo, com abordagem quantitativa desenvolvido em um hospital oncológico do Estado de São Paulo. Para a construção da cartilha, as pesquisadoras realizaram uma busca de artigos científicos em bases de dados por meio de descritores pré definidos. Para a validação do material, um comitê de especialistas foi convidado. Utilizou-se a escala do tipo Likert, bem como o IVC e CVC >0,80 na validade entre avaliadores.

Resultados

A cartilha tem como título “Minha quimioterapia: cartilha educativa para crianças e adolescentes” e contém 16 páginas. Os capítulos da cartilha são: O que é o câncer?; O que é o tratamento quimioterápico?; Vias de administração da quimioterapia; Tipos de catéter; Possíveis efeitos colaterais; Alimentação; “O dia da minha sessão” e “O que fazer em casos de Urgência/Emergência?”. Após a construção do material, o comitê analisou o instrumento. O CVC evidenciou um resultado >0,8; e o IVC indicou o ajuste do 40% dos itens.

Conclusão

A cartilha foi validada por especialista que julgaram se o material continha um conteúdo adequado, fidedigno e que condiz com a realidade dos pacientes; e os ajustes necessários foram realizados. Para continuidade do estudo, espera-se que a cartilha seja validade por pacientes infantojuvenis e que após isto, seja disseminada para a população.