Dados do Trabalho

Título

Desafios da quimioterapia intra-arterial no tratamento de gliomas malignos: uma revisão sistemática

Introdução

A quimioterapia intra-arterial (IA) surgiu como um meio terapêutico importante no combate de gliomas de alto grau e se refere a administração localizada de compostos quimioterápicos com grande potencial de eficácia terapêutica e mitigação de efeitos adversos sistêmicos. Todavia, essa terapêutica ainda apresenta muitos desafios, tais como a presença da barreira hematoencefálica (BHE) e complicações relacionadas à toxicidade sistêmica quimioterápica. Dessa forma, conduzimos uma revisão sistemática para abordar possíveis desafios desta técnica.

Objetivo

Este estudo propõe uma análise abrangente da literatura sobre a quimioterapia IA em gliomas de alto grau, com base nos desafios enfrentados, nas estratégias empregadas e nos resultados alcançados, tendo em vista identificar as lacunas de conhecimento que demandam investigação adicional.

Método

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, com busca na base de dados do PubMed de 2021-2024. Todos os artigos foram selecionados pela leitura integral e abordam de forma significativa a quimioterapia IA em gliomas de alto grau, contemplando estudos clínicos e revisões que oferecem insights cruciais para compreensão do determinado campo terapêutico.

Resultados

Os estudos revisados destacam que a quimioterapia IA apresenta uma série de vantagens, como a entrega direcionada de agentes quimioterápicos ao tumor, resultando em concentrações mais elevadas no tecido alvo, minimizando a exposição de tecidos saudáveis à doses elevadas e reduzindo os efeitos adversos sistêmicos. No entanto, observa-se uma variedade de complicações associadas ao procedimento, incluindo trombocitopenia, neutropenia, ocorrência de pseudoaneurismas arteriais e riscos de infecção, como a meningite, que pode ser grave em pacientes com gliomas malignos, evidenciando a necessidade premente de estratégias para superar a BHE e otimizar a eficácia terapêutica.

Conclusão

Conclui-se que a quimioterapia intra-arterial representa uma abordagem terapêutica promissora para gliomas de alto grau. Contudo, é imprescindível uma compreensão mais profunda dos mecanismos subjacentes e o desenvolvimento de técnicas e estratégias mais refinadas, no intuito de superar os desafios associados à sua implementação. Importante salientar que a quimioterapia intra-arterial para tratamento de gliomas de alto grau promove resultados consistentes e animadores.