Dados do Trabalho
Título
Manejo do sofrimento e dos cuidados paliativos em comunicações desafiadoras na oncologia pediátrica: uma investigação sistemática.
Introdução
A paliação em oncologia pediátrica é essencial para garantir uma assistência integral aos pacientes em fim de vida, e a falta de protocolos claros nesse campo são um desafio para os profissionais de saúde. No contexto, surgem as dificuldades na comunicação das partes afetados. Assim, lidar com a terminalidade na infância ainda é um processo complexo para profissionais e principalmente para os familiares, visto a conotação atrelada à morte juvenil – inverte-se a lógica da ordem da vida e dificulta o aceite da finitude.
Objetivo
Analisar os desafios na comunicação em oncologia pediátrica terminal entre profissionais de saúde, pacientes e familiares, com foco no sofrimento vivenciado e a paliação.
Método
Revisão sistemática de textos publicados nos últimos 5 anos nas bases de dados PubMed e Scielo. Os resultados foram resumidos narrativamente destacando desafios na comunicação, vivência do sofrimento e cuidados paliativos na oncologia pediátrica.
Resultados
Nota-se que o despreparo resulta em comunicação insensível e iatrogênica. No geral, familiares são conduzidos a uma área, onde o caso é revisto e a impossibilidade de melhora e da inevitabilidade da morte é divulgada, causando sofrimento as partes, que às vezes mantêm esperanças infundadas de cura. Quando a paliação é citada, não mais o maior desafio é a morte, mas a qualidade da vida restante. O desespero reina, nem sempre é expresso verbalmente, e muitos recorrem ao divino para enfrentá-lo. Eventualmente, os parentes não desejam informações sobre a fatalidade da doença, os profissionais enfrentam dificuldades na transmissão de más notícias e no reconhecimento das suas necessidades emocionais. A integração de diversas áreas na prestação de cuidados paliativos pediátricos e no suporte aos acompanhantes é destacada.
Conclusão
Exige-se clareza na comunicação do cuidado em saúde visto que a divulgação de falhas terapêuticas segue o direito à informação, bioética, respeito à autonomia e interfere na satisfação aos cuidados paliativos, fortalecendo ou enfraquecendo a capacidade de fazer escolhas de acordo com a beneficência e não maleficência. A literatura e a experiência apontam a necessidade de diretrizes, mas com a compreensão que não será viável o seguimento de padrões, já que cada sensibilidade ao tópico é única. As formações precisam preparar os profissionais para lidar com as demandas emocionais envolvidas na comunicação com os pacientes, contemplando todos os aspectos e promovendo um apoio integral e centrado no paciente e em sua família.
Área
Cuidados Paliativos
Categoria
Categoria Multiprofissional
Autores
Matheus Oquendo Martins dos Santos, Geovanna Vitória da Cruz Xavier Silva, Maria Paula Oquendo Martins dos Santos, Raulênio Santos de Araújo