Dados do Trabalho

Título

Abordagem multidisciplinar no manejo da dor em crianças com câncer

Introdução

A dor é uma resposta do sistema nervoso a estímulos nocivos aos tecidos corporais. Esse é um dos sintomas mais comuns e incômodos vivenciados por pacientes com câncer, causado pelo próprio câncer ou pelo tratamento. Em pacientes pediátricos, além do sofrimento, a dor também pode causar grandes traumas.

Objetivo

Verificar como o manejo da dor em pacientes oncológicos pediátricos é realizado, seja do ponto de vista médico e farmacológico, seja com base em tratamentos multidisciplinares, abordando também as esferas psicológica e familiar.

Método

Esse estudo é uma revisão integrativa da literatura. Realizou-se uma busca avançada nas bases de dados MEDLINE/Pubmed, BVS e Lilacs, entre 2019 e 2024. Os descritores foram “pain management”, “multidisciplinary approach” e “pediatric oncology” com ferramentas avançadas. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, dos últimos 5 anos, não repetidos e realizados com humanos. Depois, excluíram-se os inconclusivos, que não obtiveram acesso completo, repetidos entre bases, baseados em animais, biografias e autobiografias. Com isso foram obtidos 20 artigos.

Resultados

Crianças com câncer podem experimentar diferentes tipos de dor, como a somática nociceptiva, a visceral nociceptiva e a neuropática. Estudos abordam que o manejo da dor aguda pós-operatória em pacientes pediátricos é complexa, exigindo abordagem individualizada, destacando a importância de uma avaliação cuidadosa e um plano terapêutico adaptado a cada paciente. Os tratamentos incluem: analgésicos, técnicas de analgesia regional e adjuvantes (anestésicos locais e AINEs). Os opioides são a abordagem de primeira linha na dor crônica. Terapias não farmacológicas, educação dos pais e cuidadores são essenciais, assim como uma equipe multidisciplinar para garantir o alívio eficaz da dor e uma recuperação segura. Outro estudo ressalta como o lúdico no contexto hospitalar pediátrico promove benefícios sociais e psíquicos, contribuindo para um prognóstico positivo, reduzindo o estresse e a ansiedade. Logo, além das intervenções médicas, o bem-estar emocional e social da criança é crucial para sua recuperação.

Conclusão

A dor experienciada por pacientes pediátricos tem múltiplas etiologias, e uma abordagem multidisciplinar é fundamental. O tratamento dessa condição pode ser feito de várias formas, como os opioides, demais fármacos ou ainda terapias não farmacológicas, como atividades lúdicas. No entanto, ainda são necessários mais estudos para ampliar o conhecimento dessa área.