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2° Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

O manejo da dor de difícil controle na oncologia pediátrica: a experiência de residentes de enfermagem

Apresentação do caso

A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) caracteriza a dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável, individual e subjetiva. Diante da subjetividade da expressão do 5° sinal vital, é notável a necessidade de treinamento contínuo sobre avaliação, manejo e medidas alternativas. Na prática é evidenciado a carência da conscientização dos profissionais da saúde quanto à adequação terapêutica.
Percebe-se que há a tendência da equipe a subestimar a dor da criança ou até a dessensibilização dos profissionais quanto a ela, podendo ser decorrente da exaustão devido ao ambiente ou condições de trabalho, falta de compreensão do processo da doença e pela necessidade de visualização de expressões e comportamentos sugestivos de dor, não considerando o verbalizado pelo paciente.
A dor oncológica é o termo designado a dor decorrente do tumor e dos tratamentos, podendo variar de leve a severa, durar longos períodos ou serem persistentes. Além disso, a necessidade de saída do meio social e transição para uma rotina ambulatorial ou hospitalar também gera dor e sofrimento, principalmente, pela menor interação com outras crianças e com os familiares.

Discussão

Frente a um caso de dor crônica de difícil controle em um hospital de oncologia pediátrica percebe-se que há nos pacientes um sentimento de tristeza e falta de esperança por precisar de analgésicos e opióides frequentemente, sem diminuição significativa do escore de dor por tempo prolongado. Já por parte da equipe há uma divergência de visões, de um lado a busca por medidas alternativas do manejo da dor para melhora da qualidade de vida e de outro a descredibilização dos relatos de dor dos pacientes e a crença de que estão dependendo dos fármacos supracitados.

Comentários Finais

A intangibilidade da dor traz desafios na sua avaliação, manejo adequado e assim na promoção da qualidade de vida, principalmente, em casos de terminalidade. As vivências oportunizadas pela residência de enfermagem suscitam diferentes sentimentos em vista do conhecimento do campo científico e da vivência prática, expondo uma lacuna entre eles e assim sensação de impotência, fragilidade e necessidade de promover mudança. Desse modo, entende-se que há a necessidade de sensibilização dos profissionais, bem como preparo do enfermeiro para avaliação da dor e da resposta terapêutica, manejo e reorganização do esquema analgésico, ajuste de atitudes e expectativas sobre o tratamento não só do paciente, mas também de sua equipe.

Área

Cuidados Paliativos

Categoria

Categoria Enfermagem

Autores

Larissa Carvalho Saletti, Maria Eduarda Soares Carvalho, Fernanda Alves Gomes Bastos, Débora Montezello, Fernanda Ribeiro De Araujo Oliveira