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2° Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

Explorando a Associação entre Sintomas e Desfechos Clínicos em Adultos Sobreviventes de Câncer Infantil: Uma Análise Detalhada

Introdução

O câncer infantil é caracterizado pela proliferação descontrolada de células anormais no corpo, o que traz consigo diagnósticos e tratamentos prolongados, impactando significativamente a vida psicossocial dos pacientes. Sobreviventes muitas vezes enfrentam sintomas neurocognitivos, dificuldades sociais, queda no desempenho escolar e desafios interpessoais decorrentes do câncer e de sua terapia. Embora os avanços no tratamento tenham aumentado as taxas de sobrevivência, também trouxeram novos desafios relacionados a sintomas tardios e à qualidade de vida dos sobreviventes. Essa revisão de artigos, incluindo um estudo com 3085 sobreviventes, baseia-se em evidências para destacar a importância do acompanhamento pós-tratamento para melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.

Objetivo

Compreender as repercussões do câncer infantil na vida de adultos sobreviventes a partir de uma análise dos impactos sintomatológicos e clínicos.

Método

Este estudo foi realizado a partir do método de revisão sistemática de literatura. Foram selecionados artigos utilizando os descritores em Ciências da Saúde (DeCS) em inglês “Survivor” AND “Childhood” AND “Cancer”, indexados na National Library of Medicine (PUBMED) e publicados entre os anos de 2004 e 2024. A amostra foi composta por artigos que atenderam aos propósitos do estudo.

Resultados

De acordo com análises clínicas do Hospital St. Jude, demonstrou-se que 19% a 30% relatam fadiga, 11% a 21% problemas de memória, 12% a 21% dor, 8% a 13% sofrimento psíquico, 14% sonolência diurna e 17% insônia. Segundo a literatura, limitações físicas são comuns, afetando 19,6% dos sobreviventes. Também foi encontrada, em investigação científica liderada pela Sociedade Americana De Oncologia Clínica, uma relação entre aparecimento de novas neoplasias com diagnósticos tardios. Foi observado em análises estatísticas um maior risco de problemas neurocognitivos, que afetam: inteligência entre 14,3% e 32,5%; função motora entre 52,1% e 68,3%; distúrbios da memória entre 36,6% e 54,9%; velocidade de processamento entre 64,6% e 66,3%; e distúrbios da atenção entre 41% e 47,5%. Ademais, em pesquisas científicas, relatou-se tratamentos neurotóxicos que aumentam a chance de disfunção erétil, ansiedade e depressão.

Conclusão

Adultos sobreviventes de câncer infantil frequentemente enfrentam sequelas crônicas. Logo, políticas de saúde e práticas clínicas devem oferecer um suporte integrado. O acompanhamento prolongado e a reabilitação são essenciais para melhor qualidade de vida.

Área

Efeitos tardios

Categoria

Categoria Médico

Autores

Stephanie Zarlotim Jorge, Gabriel Kwiatkoski, Mariá Milesi Ortiz, Fernanda Saori Kurahashi, Maria Eduarda Gerhardt Preto , Rayssa Carvalho de Almeida, Maria Marina Vizioli Pedroso da Cruz, Amanda Raquel Marques Maria, Djulia de Gois Alves Pereira, Isabelle Leiko Guedes Morita, Bruna Bispo de Souza , Jakeline Marques Becheli, Laylla Vittória Moreira Andrade, Lívia Madalena Simoneti Schuindt, João Pedro Garcia Jorgetti, Marina Loch Eira, Maria Eduarda Geddo Kostakis, Ketlyn Assunção Galhardo, Letícia Amelotti Coelho, Wellington Mazini