WhatsApp
2° Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

O FISIOTERAPEUTA NO ATENDIMENTO A CRIANÇA COM CANCÊR: o que a profissão pode acrescentar?

Introdução

Vários são os avanços no tratamento oncológico em pediatria, o que tem levado a um aumento da taxa de sobrevivência desses pacientes de quase 85% em cinco anos. Contudo, a ocorrência de efeitos adversos crônicos ou de longo prazo ainda atingem cerca de dois terços dos pacientes em tratamento. Ao que tange os sintomas físicos, os mais relatados são: fadiga relacionada ao câncer, fraqueza muscular, neuropatia periférica, déficits de equilíbrio, dificuldade na marcha e redução de movimento de amplitude articular. Além destes, também podem acontecer efeitos colaterais combinados nos sistemas musculoesquelético, neurológico e cardiorrespiratório. Tais fatores demonstram a necessidade crescente de inclusão da fisioterapia nos serviços de oncologia pediátrica, visando reduzir os impactos dos problemas físicos desenvolvidos pelos pacientes, melhorar a qualidade de vida dos mesmos, reduzir a dor e outros problemas associados.

Objetivo

Verificar a atuação do fisioterapeuta no atendimento a crianças em tratamento oncológico.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa, onde uma pesquisa sobre o tema foi realizada nas bases de dados Pubmed, Scorpus, Scielo e no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde. A coleta foi realizada de janeiro a abril de 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol.

Resultados

Os estudos demonstraram efeitos benéficos do tratamento fisioterapêutico durante o tratamento de vários tipos de câncer. Alguns autores avaliaram crianças com diagnostico de leucemia linfoblástica aguda e observaram que o exercício reduziu a fadiga, aumentou a amplitude de movimento, os níveis de capacidade aeróbica, mobilidade funcional, força, coordenação e participação na vida. Outros estudos observaram que o ttratamento apresentou alta adesão (87%), com melhora na força muscular, níveis de atividade física, índice de massa corporal e fadiga. Programas de reabilitação precoce ajudaram ainda a minimizar a ocorrência e gravidade dos efeitos relacionados ao tratamento, a manutenção e restauração da capacidade dos pacientes em realizar as atividades de vida diária e, aumento dos escores de qualidade de vida. Contudo, os serviços de reabilitação no setor foram pouco utilizados nos estudos analisados.

Conclusão

Os estudos analisados demonstram benefícios da reabilitação em crianças com câncer, contudo, a literatura sobre o tema ainda é escassa e, muitos pacientes não tem acesso aos serviços de fisioterapia durante o tratamento.

Área

Reabilitação

Categoria

Categoria Multiprofissional

Autores

Bárbara Carvalho dos Santos, Hyrllanny Pereira dos Santos, Thaís Lorena Pereira da Paz, Lueli Evelin Leite Mota, Ariadne Gonçalves Dela Penha Banho, Andreliny Kaliny da Silva Nascimento, Camila de Araújo Lima, Natália Pereira dos Santos, Maria da Graças da Silva Sousa, Consoello Vieira Pedrosa, Marcelino Martins