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2° Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

O papel do Enfermeiro Clínico Especialista em Transplante de células-tronco hematopoiéticas pediátrico

Introdução

Pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) são geradores de cuidado de alta complexidade, integral, transdisciplinar e contínuo, evidenciando necessidade de prática de enfermagem baseada em evidências. Assim, é essencial enfermeiros responsáveis pelo planejamento, execução e avaliação do cuidado desta população. Em 2012 foi implantado esta metodologia de organização de trabalho por meio do grupo de Enfermeiras Clínicas Especialistas (ECEs) em TCTH no IOP/GRAACC. Contudo, apenas em 2024 esta categoria foi normatizada pelo COFEN.

Objetivo

Relatar a experiência da atuação das ECEs no acompanhamento de pacientes pediátricos submetidos ao TCTH.

Método

Estudo descritivo, do tipo relato de experiência.

Resultados

ECEs são profissionais com expertise em cuidados especializados e que atuam como elo entre o paciente e todo sistema de saúde. Desde sua implementação até abril de 2024, 754 pacientes novos foram assistidos pelas ECEs. Sua ação se inicia desde o envio do caso pelo serviço de origem ao centro transplantador, sendo o primeiro contato com a família para acolhimento e condução do paciente nesta etapa do tratamento. ECEs realizam consulta de enfermagem para todos os casos novos, auxiliam e orientam nas diversas etapas desta terapêutica. ECEs atuam ainda no planejamento e logística da realização do TCTH, escolha de doadores, interface com todas equipes internas e externas ao serviço – incluindo REREME/REDOME, coleta de medula óssea por aspiração, liberação de quimioterapia, elaboração do plano de cuidado e planejamento de alta, consulta de seguimento pós TCTH, seguimento telefônico para sanar dúvidas e fornecer novas orientações, follow-up de pacientes, treinamento e capacitação da equipe, discussões multidisciplinares e gerenciamento de banco de dados para pesquisas.

Conclusão

Este modelo de atuação possibilita ao profissional visão holística do paciente/família; gestão do cuidado e otimização do mesmo, minimizando atrasos no tratamento; vínculo de confiança com paciente/família; melhora na comunicação multiprofissional e da aderência ao tratamento; redução de barreiras que interferem no acesso ao cuidado; diminuição da vinda do paciente ao hospital, bem como a permanência na instituição; melhora na identificação precoce das complicações, tornando as ECEs facilitadoras deste cuidado. Contudo, ressalta-se a necessidade de ampliar pesquisas nesta temática a fim de divulgar o trabalho e importância desta categoria na experiência e qualidade do tratamento do paciente.

Área

Enfermagem

Categoria

Categoria Enfermagem

Autores

Cintia Monteiro Lustosa, Adriane da Silva Ibanez, Camilla Margarida Maria Parrode, Vanessa Aparecida Nascimento Varjão, Cristiane Menezes Vitoria Alferi, Lais Lima Quintino, Maite F Cardoso, Maria Gabriela Alves Dias Matos, Gustavo Zamperlini, Luciana Santos Domingues Carneiro, Roseane Vasconcelos Gouveia, Valeria Ginani, Adriana Seber