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2° Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

O PARADIGMA DO CUIDAR E O PROGRAMA DE CUIDADOS ESPECIAIS AO ÓBITO

Introdução

No contexto hospitalar, o enfrentamento de situações emergenciais e morte torna-se parte da rotina para o Psicólogo Hospitalar, evidenciando a necessidade de ampliação de ações e processos em saúde que possam atender e perceber as demandas mais amplas que ali se realizam.
A presença do psicólogo no contexto oncológico tem como objetivo a compreensão do impacto do câncer no funcionamento do paciente, da família e da equipe e do papel das variáveis psicológicas na incidência e na sobrevivência da doença. O óbito na infância, além de representar a perda real e irreversível de uma pessoa amada, também remete a ideia de uma vida que não teria sido cumprida, gerando comoção, incredulidade, perplexidade e uma forte repercussão social.

Objetivo

Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados monitorados do Programa de Cuidados Especiais ao Óbito, desenvolvido pelo Serviço de Psicologia Hospitalar, em 2024.

Método

Utilizamos o método descritivo exploratório, realizando o levantamento de dados a partir dos documentos do prontuário eletrônico e análise multifatorial do Serviço de Psicologia.

Resultados

No período de cinco meses, dezembro de 2023 a abril de 2024, foram analisados 22 óbitos na instituição, evidenciando o acompanhamento psicológico em 86% dos casos, com o oferecimento de suporte em demandas decorrentes do adoecimento e, principalmente, no pré-óbito.
Outro dado importante referiu-se a que onze (50%) desses pacientes também estavam sendo acompanhados pela Equipe de Cuidados Paliativos o que apontou significativa melhora na relação de cuidados, com adequação na relação médico-paciente-familiares, melhora na comunicação e padrões de relacionamentos e vínculos familiares, favorecedores do processo de luto.

Conclusão

Constatamos que o acompanhamento psicológico durante o tratamento oncológico é imprescindível, sendo possível identificar diversos benefícios do mesmo, principalmente no momento do óbito, onde o Psicólogo deve estar presente, com olhar diferenciado e escuta atenta, validando a história de vida de pacientes e familiares, promovendo a autonomia e dignidade da díade paciente-familiar-acompanhante, em fortalecimento de atmosfera de respeito, conforto, dignidade, suporte e comunicação aberta, influindo de maneira decisiva no controle dos sintomas, na ética e humanizada intenção de proporcionar um modelo de atendimento psicológico que promove a conduta paliativa entre as práticas assistenciais, em exemplo de qualidade e humanização em saúde.

Área

Psicologia

Categoria

Categoria Multiprofissional

Autores

Heloisa Benevides Carvalho Chiattone, Gustavo Lima Ciaccia, Marina Brito Lemos, Isabelle Francine Nilson, Ricardo Iuzo Sato